Terça-feira, 26 de Abril de 2005

- Importante


IMPORTANTE
( para clientes da CGD na Internet )

Em primeiro lugar é de
elogiar aos dirigentes da CGD a rápida reacção em alertar seus clientes,
sobre risco de fraude que poderão acontecer em qualquer banco, por isso
devemos estar bem atentos.

A Internet é uma zona onde o perigo espreita constantemente e onde é difícil
as autoridades nos protegerem. Por isso todo o cuidado é pouco.

Em baixo encontra-se o alerta dado pela CGD.

Miguel Roque


Mensagens de e-mail fraudulentas

Nas últimas horas, vários clientes da
Caixa têm recebido e-mails de origem desconhecida e que se fazem passar por
e-mails da Caixa.

O objectivo destas acções é levar os
clientes a introduzir os seus nº de contrato e códigos do serviço
Caixadirecta on-line e enviá-los aos autores da fraude.

Para se proteger contra estas
iniciativas, consulte as Recomendações de
Segurança.

Realçamos a necessidade de não
divulgar os seus códigos
do Caixadirecta on-line, não os escrever de
forma a poderem ser consultados por terceiros nem os enviar por correio
electrónico.

Em caso de dúvida, contacte-nos pelos
telefones 707 24 24 24, 96 200 24 24, 91 405 24 24 24 ou 93 200 24 24.

 

Viver Livremente editou às 18:51
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Terça-feira, 19 de Abril de 2005

- World Golf Cup

Algarve World
Cup no Victoria Clube de Golfe


 

A Federação
Internacional da PGA Tours anunciou que o novo Campo de Golfe desenhado por
Arnold Palmer, o Victoria Clube de Golfe –Vilamoura, Algarve, Portugal –irá
receber o 2005 World Golf Championships, World Cup.

Um
total de 24 Nações, incluindo o país anfitrião, participará neste
prestigioso evento, conhecido por World Golf Championships – Algarve World
Cup in Portugal, que terá lugar de 17 a 20 de Novembro do próximo ano, com
um prize money de 4 milhões de Dólares, cerca de 3,3 milhões de Euros.

Esta será a primeira vez que Portugal recebe a World Cup, e a segunda vez
que se disputa na Europa –a primeira edição será já em Novembro 04, de 18 a
21, em Sevilha –desde que o evento passou a fazer parte do calendário
oficial da World Golf Championships, no ano 2000.

George O’Grady, Director Executivo do European Tour comentou: “Felicitamos o
ITP, a Lusotur Golfes e o Victoria Clube de Golfe pelo sucesso da sua aposta
em receber o World Golf Championships –Algarve World Cup in Portugal.

As provas do World Cup Championships são disputadas nos melhores campos do
mundo. É, portanto, com muito prazer, que o Victoria Clube de Golfe –um
campo de Arnold Palmer –se junta a esta lista.

O
Algarve, e Vilamoura em particular, representam, ao longo dos últimos anos,
um importante cenário para uma das provas do European Tour, como é o caso do
Algarve Open de Portugal.

O Victoria Clube de Golfe é o mais recente Campo de Golfe do Algarve, tendo
aberto as suas portas no passado mês de Setembro. Com 18 buracos, par 72, os
seus 6.560m de comprimento fazem dele o mais longo de Portugal. Ocupando uma
área de 90hectares de terreno praticamente liso, inclui um conjunto de
mounds –traçado das montanhas que se recortam no horizonte –que lhe confere
movimento e harmonia. O percurso algarvio é ainda marcado pela exuberância
do seu corpo de água, com cascatas de belo efeito estético, sendo já
considerado um dos mais belos campos da Europa.

A
World Cup é, hoje, a quarta competição do calendário da World Golf
Championships, desde o acordo, em 2000, entre a Federação Internacional da
PGA Tours e a Associação Internacional de Golfe –entidade organizadora da
prova desde 1953.

Os Estados Unidos detêm o recorde de 23 vitórias na World Cup. David Duval e
Tiger Woods venceram a edição de 2000, em Buenos Aires –Argentina, no
primeiro ano em que o evento foi disputado como uma das provas da World Golf
Championships. No ano seguinte, a equipa sul-africana composta por Ernie Els
e Retief Goosen venceu no The Taiheiyo Club, Japão. Finalmente em 2002, a
equipa nipónica composta por Toshimitsu Izawa e Shigeki Maruyama venceu no
campo de Vista Vallarta, em Puerto Vallarta, México.

A edição da World Cup do ano passado foi disputada no Ocean Course do Kiawah
Island Golf Resort, S.C., EUA, tendo como vencedora a equipa sul-africana
composta por Trevor Immelman e Rory Sabbatini, que alcançou uma vantagem de
4 pancadas sobre a equipa inglesa (2º lugar), seguida da equipa francesa,
alemã, irlandesa e americana –empatadas em 5º lugar.

As restantes provas que compõem o Calendário da World Golf Championships
são: Accenture Match Play Championship, American Express Championship e NEC
Invitational.

Lusotur
Golfes



















Viver Livremente editou às 21:56
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Sexta-feira, 15 de Abril de 2005

- amigos, riqueza maior...


Amigos - Riqueza maior


Uns somos mais sociáveis que outros, porém todos
cometemos erros.



Mas um dos maiores bens que temos nesta vida é a amizade, quantas vezes ao
longo de nossa vida não perdemos amigos com quem gostávamos de conviver
muitas vezes por culpa de situações que criamos sem disso nos apercebermos.



Pela vida afora criamos e perdemos amigos, uns deixam mais marcas que
outros, mas é sempre doloroso perder tal convívio.



Quando em 1987 tirei meu curso de electricidade criei amizade com um colega
de estágio o qual veio a originar que em 1991 eu viesse trabalhar para o
Algarve, pois se não fosse ele tal nunca teria acontecido. Hoje esse amigo
voltou para Angola, país onde viveu sua infância.



Aqui em Quarteira criei amizade com um casal, amizade que me foi muito
proveitosa na altura em que a mãe dos meus filhos me abandonou. Mas por
causa da religião a que eles pertencem (e eu abandonei) não posso mais
contar com a amizade deles.



Mas a vida é uma soma de percas e de ganhos. Não sou mais jovem e para 
os jovens de hoje minha forma de pensar está ultrapassada, necessito do convívio com
pessoas que pensam como eu, que façam parte da minha geração.



Mas isso não que dizer que não possa ser amigo de jovens, acredito que para a
amizade não há idade, raça, nacionalidade credo ou religião, deve isso sim,
haver cumplicidade, compreensão e acima de tudo aceitação de personalidades
e formas de pensar diferentes das nossas.



Amigo é aquele que está ao nosso lado mesmo que pense diferente de nós, mas
não se inibe de dizer o que pensa se entende que isso nos é útil ainda que
saiba que sua opinião não seja agradável de ouvirmos.



Temos que saber lidar com os sentimentos dos outros para não os magoar ou
ofender, pois caso contrário não seremos ouvidos muito menos entendidos e
nossa intenção de ajudar vai por água abaixo.



O verdadeiro amigo nos aceita tal como somos, nunca se arma em importante e se
coloca ao nosso nível (mesmo que seja superior).



Continuando sobre ter amigos, há bem pouco tempo por intermédio de minha
esposa a vida me compensou com mais um casal de amigos, espero que estejamos
perante uma amizade sincera e duradoura.

 


Miguel Roque


Viver Livremente editou às 16:39
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- Atalhos

Quanto tempo a gente perde na vida?
Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros.
Depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, aí mais tarde demora pra entender certas coisas, demora pra dar o braço a torcer. Viramos adolescentes teimosos e dramáticos.
Levamos um século para aceitar o fim de uma relação, e outro século para abrir a guarda para um novo amor, e já adultos demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um amigo, demoramos para tomar uma decisão. Até que um dia a gente faz aniversário. 37 anos. Ou 41. Talvez 48. Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto. E a gente descobre que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado.

Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado no segundo tempo e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pró guarda-redes ou fazer tabelas desnecessárias. Que esbanjamento! Não falta muito pro jogo acabar. É preciso encontrar logo o caminho do golo. Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso. Tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto.
Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, pra todo o resto é melhor atalhar. E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade. Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando, não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.
Uma pessoa é sempre bruta com você? Não é obrigatório conviver com ela.
O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro.
A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.
Paciência só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para sorver um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação.


Pra enrolação, Atalho.


Martha Medeiros










 

 

Atalhos

 
 
Viver Livremente editou às 14:43
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Quinta-feira, 14 de Abril de 2005

- Quem morre?


 
















Quem morre?

Morre lentamente...
quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos
trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente...
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente...
quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, 
justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente...
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não
arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite
pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente...
quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça
em si mesmo.
Morre lentamente...
quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente...
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente...
quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto
que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples
fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um
estágio esplêndido de felicidade.
 



Pablo Neruda

 

Viver Livremente editou às 18:25
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Sábado, 9 de Abril de 2005

- Os homens desejam as mulheres que não existem



OS HOMENS DESEJAM AS MULHERES QUE NÃO EXISTEM


  


E
stá na moda - muitas mulheres
ficam em acrobáticas posições ginecológicas para raspar os pêlos pubianos
nos salões de beleza. Ficam penduradas em paus-de-arara e, depois, saem
felizes com apenas um canteirinho de cabelos, como um jardinzinho
estreito, a vereda indicativa de um desejo inofensivo e não mais as
agressivas florestas que podem nos assustar. Parecem uns bigodinhos
verticais que (oh, céus!...) me fazem pensar em... Hitler.

Silicone, pêlos dourados,
bumbuns malhados, tudo para agradar aos consumidores do mercado sexual.
Olho as revistas povoadas de mulheres lindas... e sinto uma leve
depressão, me sinto mais só, diante de tanta oferta impossível. Vejo que
no Brasil o feminismo se vulgarizou numa liberdade de "objetos", produziu
mulheres livres como coisas, livres como produtos perfeitos para o prazer.
A concorrência é grande para um mercado com poucos consumidores, pois há
muito mais mulher que homens na praça (e-mails indignados virão...) Talvez
este artigo seja moralista, talvez as uvas da inveja estejam verdes, mas
eu olho as revistas de mulher nua e só vejo paisagens; não vejo pessoas
com defeitos, medos. Só vejo meninas oferecendo a doçura total, todas
competindo no mercado, em contorções eróticas desesperadas porque não têm
mais o que mostrar. Nunca as mulheres foram tão nuas no Brasil; já
expuseram o corpo todo, mucosas, vagina, ânus.


O que falta? Órgãos
internos? Que querem essas mulheres? Querem acabar com nossos lares?
Querem nos humilhar com sua beleza inconquistável? Muitas têm boquinhas
tímidas, algumas sugerem um susto de virgens, outras fazem cara de
zangadas, ferozes gatas, mas todas nos olham dentro dos olhos como se
dissessem: "Venham... eu estou sempre pronta, sempre alegre, sempre
excitada, eu independo de carícias, de romance!..."


Sugerem uma mistura de
menina com vampira, de doçura com loucura e todas ostentam uma falsa tesão
devoradora. Elas querem dinheiro, claro, marido, lugar social, respeito,
mas posam como imaginam que os homens as querem.


Ostentam um desejo que não
têm e posam como se fossem apenas corpos sem vida interior, de modo a não
incomodar com chateações os homens que as consomem.


A pessoa delas não tem mais
um corpo; o corpo é que tem uma pessoa, frágil, tênue, morando dentro
dele.


Mas, que nos prometem essas
mulheres virtuais? Um orgasmo infinito? Elas figuram ser odaliscas de um
paraíso de mercado, último andar de uma torre que os homens atingiriam
depois de suas Ferraris, seus Armanis, ouros e sucesso; elas são o
coroamento de um narcisismo yuppie, são as 11 mil virgens de um paraíso
para executivos. E o problema continua: como abordar mulheres que parecem
paisagens?


Outro dia vi a modelo
Daniela Cicarelli na TV. Vocês já viram essa moça? É a coisa mais linda do
mundo, tem uma esfuziante simpatia, risonha, democrática, perfeita, a
imensa boca rósea, os "olhos de esmeralda nadando em leite" (quem escreveu
isso?), cabelos de ouro seco, seios bíblicos, como uma imensa flor de
prazeres. Olho-a de minha solidão e me pergunto: "Onde está a Daniela no
meio desses tesouros perfeitos? Onde está ela?" Ela deve ficar perplexa
diante da própria beleza, aprisionada em seu destino de sedutora, talvez
até com um vago ciúme de seu próprio corpo. Daniela é tão linda que tenho
vontade de dizer: "Seja feia..."


Queremos percorrer as
mulheres virtuais, visitá-las, mas, como conversar com elas? Com quem?
Onde estão elas? Tanta oferta sexual me angustia, me dá a certeza de que
nosso sexo é programado por outros, por indústrias masturbatórias, nos
provocando desejo para me vender satisfação. É pela dificuldade de
realizar esse sonho masculino que essas moças existem, realmente. Elas
existem, para além do limbo gráfico das revistas. O contato com elas
revela meninas inseguras, ou doces, espertas ou bobas mas, se elas
pudessem expressar seus reais desejos, não estariam nas revistas sexy,
pois não há mercado para mulheres amando maridos, cozinhando felizes,
aspirando por namoros ternos. Nas revistas, são tão perfeitas que parecem
dispensar parceiros, estão tão nuas que parecem namoradas de si mesmas.
Mas, na verdade, elas querem amar e ser amadas, embora tenham de ralar nos
haréns virtuais inventados pelos machos. Elas têm de fingir que não são
reais, pois ninguém quer ser real hoje em dia - foi uma decepção quando a
Tiazinha se revelou ótima dona de casa na Casa dos Artistas, limpando tudo
numa faxina compulsiva.


Infelizmente, é impossível
tê-las, porque, na tecnologia da gostosura, elas se artificializam cada
vez mais, como carros de luxo se aperfeiçoando a cada ano. A cada mutação
erótica, elas ficam mais inatingíveis no mundo real. Por isso, com a crise
econômica, o grande sucesso são as meninas belas e saradas, enchendo os
sites eróticos da internet ou nas saunas relax for men, essa réplica
moderna dos haréns árabes. Essas lindas mulheres são pagas para não
existir, pagas para serem um sonho impalpável, pagas para serem uma
ilusão. Vi um anúncio de boneca inflável que sintetizava o desejo
impossível do homem de mercado: ter mulheres que não existam... O anúncio
tinha o slogan em baixo: "She needs no food nor stupid conversation." Essa
é a utopia masculina: satisfação plena sem sofrimento ou
realidade.


A democracia de massas,
mesclada ao subdesenvolvimento cultural, parece "libertar" as mulheres.
Ilusão à toa. A "libertação da mulher" numa sociedade ignorante como a
nossa deu nisso: superobjetos se pensando livres, mas aprisionadas numa
exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor
e dinheiro. A liberdade de mercado produziu um estranho e falso "mercado
da liberdade". É isso aí. E ao fechar este texto, me assalta a dúvida:
estou sendo hipócrita e com inveja do erotismo do século 21? Será que fui
apenas barrado do baile?


ARNALDO
JABOR


 
Viver Livremente editou às 23:23
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- É um roubo






 
   
 

É um roubo...

Isto não é um serviço, é um roubo...
Comprei minha casa através de hipoteca no Crédito Predial Português, hoje grupo Totta. Acontece que o ano passado, sem que eu o pedisse, enviaram-me um cartão visa NOVO CLASSIC.

Não fiz pedido de tal cartão, nunca o activei. Com que direito vem este ano o banco me cobrar € 8,32 de anuidade de uma coisa que eu não quero, não usei, nem pedi?

Em que merda de país vivemos nós em que se tem que pagar por aquilo que se não quer...
Já tenho um cartão, não tinha necessidade de mais nenhum. Uso a conta apenas para pagar a prestação da casa. Enfim é só lucros para eles. Tenho que pagar despesas de manutenção duma conta que só ao banco é útil, e ainda por cima, terei que pagar algo que não pedi, nem usei e não necessito.

COM QUE DIREITO ?

Miguel Roque

 

 
Viver Livremente editou às 13:38
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Sexta-feira, 8 de Abril de 2005

- Ainda sobre o Papa


Ainda sobre o Papa


 Não sou ateu, embora não pertença a nenhuma religião me assumo cristão.
Porém meu amor á liberdade de pensamento e de expressão me impulsionou a levar até vós este artigo de alguém que se assume ateu, espero que gostem.

Miguel Roque
 



Eu não gostava do papa João Paulo II

 

      Escrevo enquanto vejo a morte do papa na TV. E me espanto com a imensa emoção mundial.
Espanto-me também comigo mesmo: "Como eu estou sozinho!" - pensei.
      Percebi que tinha de saber mais sobre mim, eu, sozinho, sem fé nenhuma, no meio deste oceano de pessoas rezando no Ocidente e Oriente.

      Meu pai, engenheiro e militar, me passou dois ensinamentos: ele era ateu e torcia pelo América Futebol Clube. Claro que segui seus passos. Fui América até os 12 anos, quando "virei casaca" para o Flamengo (mas até hoje tenho saudade da camisa vermelha, garibaldina, do time de João Cabral e Lamartine Babo), e parei de acreditar em Deus.
      Sei que "de mortuis nihil nisi bonum" ("não se fala mal de morto"), mas devo confessar que nunca gostei desse papa. Por quê? Não sei. É que sempre achei, nos meus traumas juvenis, que papa era uma coisa meio inútil, pois só dava opiniões genéricas sobre a insânia do mundo, condenando a "maldade" e pedindo uma "paz" impossível, no meio da sujeira política.

      Quando João Paulo entrou, eu era jovem e implicava com tudo. Eu achava vigarice aquele negócio de fingir que ele falava todas as línguas.
Que papo era esse do papa? Lendo frases escritas em partituras fonéticas.... Quando ele começou a beijar o chão dos países visitados, impliquei mais ainda.
Que demagogia! - reinando na corte do Vaticano e bancando o humilde...

      Um dia, o papa foi alvejado no meio da Praça de São Pedro, por aquele maluco islâmico, prenúncio dos tempos atuais. Eu tenho a teoria de que aquele tiro, aquela bala terrorista despertou-o para a realidade do mundo. E o papa sentiu no corpo a desgraça política do tempo. Acho que a bala mudou o papa. Mas, fiquei irritadíssimo quando ele, depois de curado, foi à prisão "perdoar" o cara que quis matá-lo. Não gostei de sua "infinita bondade" com um canalha boçal.
Achei falso seu perdão que, na verdade, humilhava o terrorista babaca, como uma vingança doce.

      E fui por aí, observando esse papa sem muita atenção. É tão fácil desprezar alguém, ideologicamente... Quando vi que ele era "reacionário" em questões como camisinha, pílula e contra os arroubos da Igreja da Libertação, aí não pensei mais nele... Tive apenas uma admiração passageira por sua adesão ao Solidariedade do Walesa, mas, como bom "materialista", desvalorizei o movimento polonês como "idealista", com um Walesa meio "pelego". E o tempo passou.

Depois da euforia inicial dos anos 90, vi que aquela esperança de entendimento político no mundo, capitaneado pelo Gorbachev, fracassaria.
Entendi isso quando vi o papai Bush falando no Kremlin, humilhando o Gorba, considerando-se "vitorioso", prenunciando as nuvens negras de hoje com seu filhinho no poder. Senti que o sonho de entendimento socialismo-capitalismo ia ser apenas o triunfo triste dos neoconservadores. O mundo foi piorando e o papa viajando, beijando pés, cantando com Roberto Carlos no Rio. Uma vez, ele declarou: "A Igreja Católica não é uma democracia." Fiquei horrorizado naquela época liberalizante e não liguei mais para o papa "de direita".
      Depois, o papa ficou doente, há dez anos. E eu olhava cruelmente seus tremores, sua corcova crescente e, sem compaixão nenhuma, pensava que o pontífice não queria "largar o osso" e ria, como um anti-Cristo.
Até que, nos últimos dias, João Paulo II chegou à janela do Vaticano, tentou falar... e num esgar dolorido, trágico, foi fotografado em close, com a boca aberta, desesperado.
      Essa foto é um marco, um símbolo forte, quase como as torres caindo em NY. Parece um prenúncio do Juízo Final, um rosto do Apocalipse, a cara de nossa época. É aterrorizante ver o desespero do homem de Deus, do Infalível, do embaixador de Cristo. Naquele momento, Deus virou homem. E, subitamente, entendi alguma coisa maior que sempre me escapara: aquele rosto retorcido era o choro de uma criança, um rosto infantil em prantos! O papa tinha voltado ao seu nascimento e sua vida se fechava. Ali estava o menino pobre, ex-ator, ex-operário, ali estavam as vítimas da guerra, os atacados pelo terror, ali estava sua imensa solidão igual à nossa. Então, ele morreu.
      E ontem, vendo os milhões chorando pelo mundo, vendo a praça cheia, entendi de repente sua obra, sua imensa importância. Vendo a cobertura da Globo, montando sua vida inteira, seus milhões de quilômetros viajados, da África às favelas do Nordeste, entendi o papa. Emocionado, senti minha intensíssima solidão de ateu. Eu estava fora daquelas multidões imensas, eu não tinha nem a velha ideologia esfacelada, nem uma religião para crer, eu era um filho abandonado do racionalismo francês, eu era um órfão de pai e mãe. Aí, quem tremeu fui eu, com olhos cheios d'água. E vi que Karol Wojtyla, tachado superficialmente de "conservador", tinha sido muito mais que isso.. Ele tinha batido em dois cravos: satisfez a reacionaríssima Cúria Romana implacável e cortesã e, além disso, botou o pé no mundo, fazendo o que italiano nenhum faria: rezar missa para negões na África e no Nordeste, levando seu corpo vivo como símbolo de uma espiritualidade perdida. O conjunto de sua obra foi muito além de ser contra ou a favor da camisinha. Papa não é para ficar discutindo questões episódicas. É muito mais que isso. Visitou o Chile de Pinochet e o Iraque de Saddam e, ao contrário de ser uma "adesão alienada", foi uma crítica muito mais alta, mostrando-se acima de sórdidas políticas seculares, levando consigo o Espírito, a idéia de Transcendência acima do mercantilismo e de ditaduras. E foi tão "moderno" que usou a "mídia" sim, muito bem, como Madonna ou Pelé.

      E nisso, criticou a Cúria por tabela, pois nenhum cardeal sairia do conforto dos palácios para beijar pé de mendigo na América Latina. João Paulo cumpriu seu destino de filósofo acima do mundo, que tanto precisa de grandeza e solidariedade.
      Sou ateu, sozinho, condenado a não ter fé, mas vi que se há alguma coisa de que precisamos hoje é de uma nova ética, de um pensamento transcendental, de uma espiritualidade perdida. João Paulo na verdade deu um show de bola.
 



Fonte: Arnaldo Jabor

 






















Viver Livremente editou às 19:06
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Quinta-feira, 7 de Abril de 2005

- Inteligência machista


 








Inteligência Machista

Não nego a ninguém o direito de pensar de forma diferente da minha, mas há
casos que me surpreendem.
Há alguns dias no blog da minha esposa um tipo muito inteligente (em Portugal
há muitos) comentou que a Portugal chegam atrás da promessa de casamento
brasileiras de 30 anos e mais, ele acrescentou ainda que chegando cá muitas caem
na prostituição, pois quem as chamou muitas vezes nem sequer as vai buscar ao
aeroporto.

Infelizmente há casos desses, mas isso não dá a ninguém o direito de
generalizar.

Esse individuo afirma ainda que se não casaram até essa idade algo se passa. (insinuação maldosa, claro).
Prosseguindo o comentário o cavalheiro declara que algumas dessas brasileiras
têm a sorte de encontrar um trouxa.

Como gostava que esse senhor pudesse ler este artigo, simplesmente para lhe
lembrar que muitos portugueses e pessoas doutras nacionalidades casam  com
raparigas jovens (sendo eles também jovens),  miúdas para quem eles foram
muitas vezes o primeiro namorado.
Tendo ambos se conhecido por muitos anos, muitas vezes até desde crianças.

Apesar de todos esses "porquês" elas acabam presenteando-os com grandes pares de
cornos.

QUEM SABE SE O NOSSO AMIGO DO COMENTÁRIO NÃO É UM DESSES?
 

Miguel Roque





Viver Livremente editou às 19:34
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Sexta-feira, 1 de Abril de 2005

- A todos os católicos

A todos os católicos


Porque a fé é uma livre decisão de cada ser humano, não sou católico mas me
sinto cristão.

Quero neste momento em que a vida de João Paulo II está em perigo, expressar a
minha solidariedade e a esperança que o desaparecimento de um irmão em
Cristo não significa o fim de nossa relação com Deus, mas a esperança na
ressurreição em Cristo.

A todos os católicos, porque entendo que como cristãos somos TODOS IRMÃOS,
seja qual for o nosso credo aceitamos a Cristo como o filho de Deus e nosso
verdadeiro exemplo como adoradores de Deus.

Junto-me a vós na dor da iminente perca dum homem de reconhecido valor
cristão e de força inigualável.

Com amor cristão.

Miguel Roque






Viver Livremente editou às 19:31
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