Terça-feira, 28 de Junho de 2005

- Ensinamentos

 

lápis.jpg

Ensinamentos
 

Um companheiro amargurado
por desgostos do cotidiano, certa feita, através de emissora interiorana,
ouviu a voz empolgante de um professor de otimismo que lhe cativou a atenção
e a simpatia.

De três em três dias, ei-lo postado junto ao receptor, a fim de registrar os
concertos do orientador distante.

Tão admirado se viu com as respostas com que o prestimoso amigo reconfortava
e instruía aos ouvintes, que lhe dirigiu a primeira carta, solicitando-lhe
auxílio para sanar as inquietações de que reconhecia ser objeto.

Entusiasmado com os apontamentos que obtinha pelo sem fio, confiou-se à
copiosa correspondência, rogando-lhe as opiniões que chegavam sempre
sinceras e sensatas.

Aquele homem, cujas palavras de paz e compreensão se espalhavam pelo rádio,
devia conhecer as mais intrigadas questões humanas.

Para quaisquer indagações, expedia a resposta exata e tanto adentrou na
faixa dos pensamentos novos que lhe eram endereçados que o amigo, dantes
fatigado e pessimista, observou-se curado da angústia crônica que o possuía.

Renovado e feliz, deliberou exteriorizar a gratidão que lhe vibrava nos
recessos do ser, procurando abraçar o benfeitor pessoalmente.

Combinaram dia e hora para o encontro e o beneficiado despendeu oito horas,
em automóvel, varando estradas difíceis, de modo a reverenciar o professor
que lhe reabilitara as forças para a vida.

Só então, depois de atingir a cidade para a qual se dirigia, entre
consternação e jubilo, conseguiu avistá-lo, verificando, por fim, que o
distinto radialista, que lhe devolvera a alegria de viver e trabalhar, era
paralítico e cego.

Iracema e JP
 















Viver Livremente editou às 20:57
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Sábado, 18 de Junho de 2005

- Não tem como esconder

Não tem como esconder


Midas, o rei da Frígia, era aquele sujeito atrapalhado que ousou
afirmar que a flauta tocada pelo sátiro Marsias era muito mais melodiosa que
a harpa tocada por Apolo, o deus da música. Furioso com a afronta, Apolo fez
as orelhas de Midas crescerem, longas e peludas, até se transformarem em
legítimas orelhas de burro; para ocultá-las, o rei enfiou na cabeça um
daqueles barretes vermelhos que os camponeses frígios costumavam usar. Ao
cabo de um ano, contudo, o seu cabelo tinha crescido
tanto
que ele teve, muito a contragosto, de convocar um barbeiro ao palácio.

Com um ar ameaçador, Midas conduziu-o a uma peça sem janelas e aferrolhou a
porta por dentro. Quando removeu o barrete e as longas orelhas ficaram à
mostra, o barbeiro, porém, começou a trabalhar com suas tesouras como se
nada estranhasse. Ao terminar, Midas avisou-o de que aquilo tudo era segredo
de Estado; se contasse a alguém, o carrasco real ia separar sua cabeça do
corpo - ao que o barbeiro, aparentando indiferença, retrucou: "Não sei do
que Vossa Majestade está falando; eu nada vi nesta sala que já não tivesse
visto antes". O rei ficou tão satisfeito com a resposta que pagou-lhe o
corte cem vezes mais do que valia, e o barbeiro saiu do palácio com as
pernas bambas, percebendo que tinha estado muito perto da própria morte.

Pouco a pouco, o segredo tornou-se tão insuportável que ele acabou ficando
ainda mais infeliz do que Midas. Precisava contar a alguém, dividir esse
peso, aliviar sua mente, mas temia ainda mais a espada do carrasco e
continuou a sofrer, até que teve uma súbita inspiração: afastou-se o mais
que pôde da cidade e lá longe, numa curva deserta do rio, cavou um buraco na
margem, ajoelhou-se na areia úmida e sussurrou, três vezes: "Midas tem
orelhas de burro!". Depois, aliviado, repôs a terra cuidadosamente, cobrindo
assim as perigosas palavras que tinha proferido, e afastou-se em silêncio.
Mas bem ali, naquele ponto, nasceu uma touceira de juncos, que, na primavera
seguinte, quando o vento agitava suas hastes flexíveis, repetiam o segredo
que tinha sido confiado à terra: "Midas tem orelhas de burro!" - e o vento
espalhou o segredo pelos campos, e os campos o repetiram para os cascos dos
cavalos que passavam por ali, na direção da cidade, e a cidade o repetiu nas
esquinas, nas feiras e no mercado, até que todos os habitantes do reino se
inteirassem da notícia. Midas foi um grande tolo, como tolo é o governante
que pensa que pode ocultar, com dinheiro e ameaças, as suas orelhas de
burro, pois, bem mais cedo do que ele pensa, o vento trará à cidade os
segredos e as verdades que ele tenta em vão esconder.
 





Viver Livremente editou às 13:24
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Domingo, 12 de Junho de 2005

- A formiga e a cigarra

Autor desconhecido... Qualquer
semelhança, é intencional!

Versão Clássica


Era uma vez uma formiga que trabalhava duro, de sol a sol, construindo sua
toca e acumulando suprimentos para o longo inverno que se aproximava.
A   cigarra viu aquilo e pensou:
"- Que idiota!"
E passava o tempo todo dando gargalhadas, cantando e dançando. Assim passou
todo verão; ao chegar o inverno, enquanto a formiga estava aquecida e bem
alimentada, a  cigarra não tinha abrigo nem comida; morreu de fome.

MORAL DA ESTÓRIA: _Trabalhe duro! Seja previdente e responsável.


 

* Versão Brasileira *

Era uma vez uma formiga que trabalhava duro no sol escaldante de verão
construindo sua toca e acumulando suprimentos para o longo inverno que se
aproximava. A  cigarra pensou:
"- Que idiota!"
E passou o verão dando gargalhadas, cantando e dançando como nunca.
Ao chegar o inverno, a  cigarra, tremendo de frio, armou uma barraca de
lona na entrada da toca da formiga e convocou toda a imprensa para uma
entrevista e exigiu explicações:
"Por que é permitida à formiga, uma toca aquecida e boa alimentação,
enquanto as  cigarras  estão expostas ao frio e morrendo de fome?"
Todos os órgãos de imprensa compareceram à entrevista (SBT, BAND, ZERO HORA,
JORNAL  DO BRASIL, ESTADÃO. REDE GLOBO, CNM e outros); tiraram muitas fotos
da  cigarra trêmula de frio e com sinais de desnutrição.
As imagens dramáticas na televisão mostraram uma  cigarra em deplorável
condição, sentada num banquinho debaixo de uma barraca plástica preto   e
mais adiante mostraram a formiga em sua toca confortável, com uma mesa farta
e variada.
O programa do Datena apresentou um quadro de 15 minutos, mostrando a  
cigarra cambaleante. O povo brasileiro fica perplexo e chocado com o
contraste. A BBC de Londres manda ao Brasil uma equipe para fazer uma
reportagem especial a ser distribuída em rede para toda a Europa.
A CBS nos EEUU interrompe uma entrevista coletiva sobre a guerra no Iraque,
para mostrar como anda a cidadania das  cigarras brasileiras. A notícia
recebe apoio imediato de José Dirceu, com a ressalva de que os recursos
devem ser dirigidos ao programa Fome Zero do governo Lula, e cogita uma
Emenda Constitucional que aumente os impostos para as formigas e ainda
obriga as comunidades a promover a integração social das  cigarras. A
formiga, multada por supostamente não entregar sua quota de folhas verdes ao
Ministério das Folhas e não tendo como pagar todos os impostos e
contribuições que foram apurados retroativamente, pede falência.
A Câmara Federal instala uma comissão de inquérito para investigar a
falência fraudulenta de inúmeras formigas abastadas. O Ministério das Folhas
nomeia uma comissão de auditores fiscais suspeitando de que as formigas
tenham desviado recursos do FF5 (folhas fresca nº 5 de Banco Central) e
suspeitas de lavar folhas.
A  cigarra decide invadir a toca da formiga e lá acampa. A formiga pede
ajuda da polícia e esta informa que não dispões de efetivo para atender
ocorrências desta natureza e que também por orientação do Secretário de
Segurança que deseja evitar confronto com os SEM TOCAS. A formiga entra na
justiça para obter a reintegração da toca, mas é negado, o juiz invocou um
novo ramo do direito, "O ECONÔMICO" e sentencia que a formiga não provou a
produtividade da Toca.
O Ministério da Reforma Agrária desapropria a Toca da Formiga, por não
cumprir sua função social e a entrega  á  friorenta e desnutrida 
cigarra.
O Ministério da Justiça examinando folhas  do Jornal Última Hora, descobriu
que a  cigarra foi presa no passado, por promover algumas greves,
assaltos e seqüestros (crimes políticos), e conseguiu sua inclusão no grupo
dos perseguidos políticos com direito à indenização federal e pensão
vitalícia.

Agora começa novamente o verão, as formigas trabalham e as  cigarras
cantam... e dançam...


* MORAL DA ESTÓRIA: NÃO HÁ MORAL NESTE PAÍS... *

:::::: NÃO PENSEM QUE EM PORTUGAL É DIFERENTE ::::::

(Autor  Desconhecido)
 

















Viver Livremente editou às 20:51
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Segunda-feira, 6 de Junho de 2005

- Causa Nacional




VAMOS UNIR-NOS POR
UMA CAUSA NACIONAL




Como é sabido de todos, foi necessário um político pedir aos
portugueses

para se unirem durante o EURO 2004 e pôr uma bandeira de Portugal na janela

O povo uniu-se por uma causa e dignificar o país.



Agora é tempo de nova união.

Guardemos as bandeiras, e vamos todos pôr uma bandeira negra, luto em forma

de protesto, em nome do momento negro que atravessamos e do que ainda virá,

fruto de uma má gestão por parte dos sucessivos governos, que continuam a

gastar o que não têm, em prole das mordomias sem as quais não conseguem
viver.



Dia 10 de Junho, façamos luto por Portugal, bandeira negra na janela por
todo o país.



Passe esta mensagem a todos os seus conhecidos, pois Portugal é dos
Portugueses.



Não deixemos que meia dúzia de políticos gozem com 800 anos de história
.


 

Viver Livremente editou às 17:55
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Sexta-feira, 3 de Junho de 2005

- o anel



O ANEL

Um aluno chegou a seu professor com
um problema:
Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho
forças para fazer nada.
Dizem que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e
muito idiota.

Como posso melhorar?
O que posso fazer para que me valorizem mais?

O professor sem olhá-lo, disse:
Sinto muito meu jovem, mas agora não posso ajudá-lo, devo primeiro
resolver meu próprio problema.
Talvez depois. E fazendo uma pausa falou:

Se você me ajudar, eu posso resolver meu problema com mais rapidez e
depois talvez possa ajudar você a resolver o seu.
C...Claro, professor, gaguejou o jovem, mas se sentiu outra vez
desvalorizado.

O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao garoto e
disse:
Monte no cavalo e vá até o mercado.
Deve vender esse anel porque tenho que pagar uma divida. É preciso que
obtenha pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma
moeda de ouro.
Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.

O jovem pegou o anel e partiu.
Mal chegou ao mercado começou a oferecer o anel aos mercadores.
Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto
pretendia pelo anel.
Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam
sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de
explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel.

Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e mais
uma de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos
que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.
Depois de oferecer a jóia a todos que passavam pelo mercado e abatido
pelo fracasso, montou no cavalo e voltou.

O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse
comprar o anel,
assim livrando a preocupação de seu professor e assim podendo receber
sua ajuda e conselhos.

Entrou na casa e disse:
Professor, sinto muito, mas é impossível de conseguir o que me pediu.
Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se
possa enganar ninguém sobre o valor do anel.
Importante o que me disse meu jovem, contestou sorridente.
Devemos saber primeiro o valor do anel.
Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro.
Quem melhor para saber o valor exato do anel?
Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele te dá por ele.
Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda.
Volte aqui com meu anel.
O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O
joalheiro examinou o anel
com uma lupa, pesou o anel e disse:

Diga ao seu professor que, se ele quer vender agora, não posso dar
mais que 58 moedas de ouro pelo anel.
58 MOEDAS DE OURO! Exclamou o jovem.
Sim, replicou o joalheiro, eu sei que com tempo eu poderia oferecer
cerca de 70 moedas,
mas se a venda é urgente...
O jovem correu emocionado a casa do professor para contar o que
correu.
Senta, disse o professor e depois de ouvir tudo que o jovem lhe
contou, disse:

Você é como esse anel, uma jóia valiosa e única.
Só pode ser avaliada por um especialista.
Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?
E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo.
Todos somos como esta jóia.
Valiosos e únicos e andamos por todos os mercados da vida pretendendo
que pessoas
inexperientes nos valorizem.
 

Repense o seu valor!
 




 













































Viver Livremente editou às 15:11
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